sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

"Mamãe-detetive" versus "Papai-tarado"

Em apenas uma semana, duas notícias sobre abuso sexual de menores. Infelizmente, essas notícias seriam corriqueiras, não fossem algumas peculiaridades:

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No primeiro caso, uma mãe notou que seu filho adolescente andava estranho, apresentava mudanças em seu comportamento. Ao perceber essa alteração, ela tratou de investigar. Conversou com o filho e, não conseguindo descobrir nada, partiu então para o computador do jovem. Mexeu daqui, fuçou dali, e conseguiu descobrir uma conversa com um "amigo" mais velho. Ao interrogar seu filho de 14 anos, o jovem revelou que conheceu esse "amigo" pela internet e que ele (o "amigo") o convidou para uma visita. Quando o menino (de 14 anos) estava na casa do "amigo" esse o obrigou a fazer sexo com ele. A mãe, então, fez com que o filho voltasse a conversar com o seu agressor, dessa vez sob a orientação dela. Ela, engolindo as lágrimas e o ódio que sentia naquele momento, disse ao filho o que perguntar e o que responder. Quando conseguiu reunir todas as provas, chamou a polícia. O pervertido foi preso e confessou o crime. Para espanto geral, o criminoso tem 26 anos, boa aparência, é casado e será pai dentro de alguns meses. Qual será o futuro dessa criança, com um pai doente como esse? O que ele sentiria se alguém fizesse com o filho dele, que está para nascer, o que ele fez com o filho da nossa mãe-detetive? Nesse caso, a mãe foi uma grande heroína.

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No segundo caso, infelizmente, o "pai" (se é que esse calhorda pervertido pode ser chamado assim) foi o grande vilão. Ele foi capaz de abusar sexualmente da própria filha de 4 anos. Além de todas as coisas horríveis que cercam os crimes sexuais, principalmente contra menores, esse possui um toque ainda mais perverso. O pai, que deve ser o grande protetor e referência masculina, torna-se o grande carrasco. Nesse caso, a pobre garota, além do trauma (ela descreveu para a mãe, com riqueza de detalhes, o que o "pai" fazia com ela), terá de viver sem pai e sem o menor apego a essa figura. O crime foi desvendado porque a mãe da criança estranhou a situação, uma vez que o pai ia para o sofá no meio da noite para ficar a sós com a criança e, toda vez que a mãe se mexia no quarto, o calhorda do "pai" corria de volta à cama, para disfarçar. Além disso, a filha tinha medo de ficar a sós com ele e dizia a mãe: - eu só dou beijo nele pra ele não me bater, mas eu não gosto dele não mamãe, eu não o amo.

Qual desses pais deveria existir? A "mamãe-detetive" ou o "papai-tarado"?

-A mãe-detetive! Gritarão vocês, mas estão errados. Sim!!!, errados!

Ambos não deveriam existir, pois em um mundo decente, não precisaríamos de mães-detetive, apenas de pais normais, para educarem seus filhos com amor e carinho suficientes para que, quando adultos, não cometam crimes dessa natureza abominável contra crianças (suas ou não). Os resultados são devastadores para o crescimento e para a formação da personalidade.
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As famílias precisam retomar a posição de berço da educação, da moral e dos bons costumes.
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Como vimos no texto "Mãos ao alto, mamãe", neste mesmo blog, a falha na principal função da família pode gerar (e tem gerado) filhos capazes de se voltar contra os pais (no caso, planejar um assalto contra a mãe) e pais capazes de se voltar contra os filhos (no caso desse texto, abuso sexual da própria filha).
Não há segredo nem magia para criar os filhos: pais ajustados geram filhos ajustados.

domingo, 17 de janeiro de 2010

Metalinguística da Inspiração ausente

Ideias passam voando, meu pensamento anda preguiçoso, devagar

Não parei nem fui buscar, nem ali, perto, nem distante,

Nada saiu da estante, nem me fez levantar


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A inspiração, filha pródiga, abandonou o lar
Avisou-me que iria chegar, nada até o instante
Apesar desse atraso constante, decidi acreditar
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Espero, o mais breve possível, poder contar
Com essa que não tenho, na conta, por tratante
A demora me faz relutante, a esperança, esperar

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E o leitor, ansioso, entediado, põe-se a reclamar
- Cadê os textos?, tenho comentários importantes -
E o escritor, um pai vigilante, põe-se a procurar
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A filha ingrata que desapareceu sem informar
Renasce sem querer, em seu caminho distante
Pois na ausência, torna-se essência para criar.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

O albatroz cansado e o seu ninho distante

O passarinho alçou voos muito altos a vida toda e, quando precisou voltar para o ninho, para o seu filho passarinho, faltaram forças para voar. O filhote passarinho, amargurado e sozinho, pôs-se no ninho chorando a cantar. Eis a canção do filhote passarinho:


O albatroz, cansado está
abre as asas, não pode voar
mas ainda tem na memória
os seus voos sobre o mar
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Traz consigo sua história
relembra seus tempos de glória
que o tempo não pode apagar
pois ainda lhe é viva a memória
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E esse Albatroz sonhador
para pousar não tinha problema
partir é que era seu dilema
pois era escravo do amor
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Essa ave ágil e veloz
voou em tempos de guerra
e não há um só sobre a terra
capaz de vencer o albatroz
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Um dia o albatroz sonhador
no horizonte construiu um ninho
e lá nasceu um passarinho
que do pai só queria o amor
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E o albatroz vinha e ia
visitar este passarinho
que o recebia com amor e alegria
e ao vê-lo partir chorava sozinho
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Mas o passarinho cresceu
o filho do Albatroz sonhador
e continua querendo o que é seu
do pai ainda quer o amor
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Carrega em seu peito uma chama
mas o Albatroz está cansado agora
já não voa tão alto como outrora
porém sabe que o passarinho o ama.
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Canção do passarinho por Emerson Giovane Farias Salvado de Lima, em 28/05/2006

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Mãos ao alto, Mamãe!



Mãos ao alto, mamãe!


Se a expressão "desalmada" ainda não havia sido usada nesse ano de 2010, essa agora já possui uma correspondência explícita. Chegamos ao fundo do poço! A família, primeira igreja, a micro sociedade na qual nascemos e aprendemos a nos relacionar, ruiu por completo. Uma estudante de direito, pasmem, direito, arquitetou o assalto da própria mãe, macumunada com o namorado e seus comparsas.
Não!!! Não mesmo!!!, não foi obra do namorado malvado que seduziu a inocente moça. Essa Von Richthofen 2 arquitetou tudo e ainda teve a cara de pau de, momentos antes do assalto, pedir delicada e jovialmente para a mãe trazer-lhe um doce, enquanto estava com o facínora do namorado na outra linha, aguardando a ordem e as coordenadas para a execução do assalto.
Hora alguma pediu pela segurança da mãe, pouco importava para ela o desfecho do assalto, a não pelo seu quinhão na pilhagem daquela que lhe deu nada menos que a vida, além do sustento, amor e dedicação. A frieza das palavras assustam, após o assalto, pergunta: "-Deu tudo certo?"
ao invés de perguntar: "-Está tudo bem?" Não estou dizendo que, caso ela se preocupasse com a mãe após o assalto, ela seria uma boa filha, mas nem sequer isso? O que aquela pobre mãe fez para merecer isso?
No meu tempo, pois sou formado em direito, a gente escolhia esse curso por ideologia, por querer mudar o mundo, ajudar os injustiçados, alcançar justiça para os injuriados. Hoje, todavia, procuram essa carreira muitos salafrários, sedentos para descobrir as brechas da lei para si e para seus comparsas do mundo do crime.
Acredito que nem os criadores da expressão "inimigo íntimo" esperavam por isso. Aos que se espantam com o meu espanto, aqui vai um importante aviso:
"O maior feito do diabo foi fazer a humanidade acreditar que ele não existia."
Ao perder a capacidade de nos indignarmos com situações como essas, perdemos também um pouco do que nos torna humanos. Aceitar uma situação como essa é admitir que vivemos em uma selva. O que terei de fazer quando tiver meus filhos? Prendê-los em uma jaula? Não ensinar-lhes a falar, para que não possam fazer tramóia contra mim e minha futura (e por enquanto incógnita) esposa?

É com toda essa indignação, repulsa e esperança de que não voltemos a ter notícias de situações como essas, que eu me despeço fazendo um pedido aos pais: Mantenham os amigos por perto e os inimigos mais próximos ainda, mesmo que esses sejam seus filhos. E aproveitem essa proximidade para lhes ensinar o verdadeiro sentido da vida e os reais valores familiares, para que esses ABSURDOS não continuem acontecendo. É melhor ser taxado de "retrógrado" e "quadrado" do que ter seu próprio filho como algoz(sendo um pai bacana e moderno).

O que é correto, permanece correto, pois os anos não corroem as bases da retidão.




sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Um você melhor para o ano de 2010

Shimbalaiê...
Essa palavra, aparentemente inventada pela autora da musica de mesmo nome, não possui um significado exato, mas que palavra bacaninha não é mesmo? "Ah! Tou de saco cheio da vida, que shimbalaiê danado!"; ou: "Menino, deixe de shimbalaiê e vá estudar!"; "Amor, hoje tá um dia tão lindo, vamos fazer um shimbalaiê bem gostoso?!"; ou: "-Vamos sair? -Posso não bicho, tenho um shimbalaiê pra fazer, ó".

Enfim, gostei bastante da música, que diz coisas interessantes. Incita que acreditemos em sonhos, deixemos nossa mente livre para pensar (não estou fazendo apologia a drogas, de forma alguma, apenas ao pensamento livre, que já foi responsável por grandes invenções), fugir do formalismo parnasianista, desprender as ideias, usar a nossa capacidade de abstração.

Tente, invente (bordão antigo, hein?) em 2010 faça as coisas diferentes.
Não assista ao filme-propaganda eleitoral no cinema, pois ela já te encherá o shimbalaiê na televisão, não vote no amigo do seu primo que prometeu que, se eleito, vai arrumar uma "boquinha" para você (você pode acabar com a boca cheia de tapioca).

Não saia "pegando" todos os rapazes e moças, não se submeta as "orientações" e "cobranças" de seus "amigos" e "amigas".

Para variar um pouco, seja mais família, passe mais tempo com seus entes queridos, não espere o Natal ou um funeral. Vá a Igreja, será uma experiência maravilhosa. Leia um livro sem figurinhas, tente trabalhar com vontade, estudar com afinco, transforme seu tempo em algo útil, assim, o seu tempo de lazer também será muito mais útil, sem remorsos.

Esse ano, tente não ter ressacas morais. Que as ressacas sejam apenas frutos de um divertimento responsável com amigos, sem arrependimentos. Não existe algo pior que não conseguir desfrutar de momentos de alegria e lazer por causa de remorsos e arrependimentos, de atitudes erradas que tivemos e até de "maldades" que cometemos.Não deixe também que as atitudes de outros possam lhe derrubar, a sua fortaleza emocional é construída tijolo a tijolo a cada reação sua aos acontecimentos do cotidiano.


Desejo-lhe sinceramente um 2010 de crescimento pessoal, tenho certeza que esse é o melhor que posso desejar, pois com isso seu ano será o melhor de sua vida e iniciará uma nova etapa, a etapa de sua vida em que apenas você e o nosso senhor Deus irão controlar sua vida. E adivinha para onde esse navio vai, com você no Timão e Deus soprando os ventos?

Com esperança de que esse texto lhe suscite o melhor que há em você,

Emílio Farias

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

2010

2010 começou! Meu aniversário, meu time campeão, aumento de salário e paz no coração!
2010 planos para realizar, compras já feitas, poucas contas para pagar.
Viagens! Algumas já agendadas, junto com a família, pelas fronteiras ainda não desbravadas.
2010 seja bem vindo, de todo o coração, mas que todos usem apenas a cabeça, na hora da eleição.


Que esse ano tenha mais posts e muita inspiração, obrigado meu Deus por tudo e abençoe esta nação!